sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Paul Verlaine(1844-1896)


Poeta francês, nascido em 1844, de vida considerada atribulada e escandalosa, cuja poesia reflete a contradição entre uma conduta deplorável e um ideal quase primitivo de pureza e misticismo. Verlaine nasceu em Metz e fez seus estudos secundários em Paris, entrando depois, como funcionário, para a Prefeitura. Já nessa época, frequentava a boêmia dos cafés parisienses, sendo um funcionário relapso e pouco assíduo. É então que descobre a poesia.


Poèmes Saturniens ("Poemas Saturninos, 1866) é sua primeira coletânea publicada. Verlaine professa de início a impassibilidade parnasiana, mas já seu instinto poético o conduz a dar maior agilidade ao alexandrino, a utilizar os ritmos ímpares a sugerir vagos estados por estrofes vaporosas. Poucas obras na história da poesia francesa são mais sinceras e comoventes.


Inquieto e instável, o poeta conquista por algum tempo o equilíbrio e paz, quando se casa em 1870 com Mathilde Meauté. Porém sucedem-se logo os mal entendidos conjugais e Verlaine retoma seus antigos hábitos boêmios. Liga-se então ao jovem poeta Rimbaud e em sua companhia perambula pela Inglaterra e a Bélgica. Em julho de 1873, em Bruxelas, sob a influência da bebida, atira duas vezes no amigo, e é preso. Durante os dois anos de prisão em Mons vem a saber que a esposa pedira divórcio. Profundamente abalado, Verlaine se converte a fé católica. Testemunhas dessa fase de crise e conversão, são seus dois livros Romances sem palavras de 1874 e Sabedoria de 1881. Também é flagrante a influência do gênio de Rimbaud nos temas e nos ritmos. Foi admirado pelos simbolistas que o endeusaram, embora o próprio poeta se quisesse manter independente de qualquer corrente literária.

No final de sua vida, o poeta se esgota e o homem se degrada. Apesar da celebridade e do respeito da novas gerações que o consagram como o "Príncipe dos Poetas", ele vive miseravelmente perambulando de hospital em hospital e de café em café até sua morte em 1896.


2 comentários:

Helaine Giraldeli Balla disse...

Eu conheço algumas poesias deste autor, acho maravilhoso. Já falamos sobre ele no curso que eu faço de francês (parce que je pense que la langue française est très belle aussi!).

É, o francês é lindo, como o português...

Au revoir! :D

D@N/E(_ disse...

Hum prof ta chique hein!!

bjs